Retrospectiva
História
Nascido em São Paulo-SP aos oito dias de março de 1984 e, até os 14 anos, dava alguns sinais espontâneos de interesse pelo campo musical. É bastante relevante a bagagem adquirida durante todo esse período em relação às influências musicais; foram muitos LPs, e depois CDs, de artistas de variadas épocas e estilos tocados pelos familiares, especialmente pai e avó materna, assim como na casa de alguns amigos mais próximos. A base foi dada.
Por volta dos 11 anos começou a escutar Beatles, nascendo uma modesta vontade de cantar e tocar guitarra e, apesar de ter violão em casa, não houve interesse em aprender. Pouco depois, influenciado pela música “Visões de Zé Limeira sobre o final do século XX”, do cantor Zé Ramalho e, pelo livro “O Egypto”, de Eça de Queiroz, rabiscou uma primeira canção, intitulada “As minhas visões sobre o Egito”; com letra sem coesão e melodia imatura, descartou-a pouco depois.
Em janeiro de 1998, aos 13 anos, mudou-se de São Paulo-SP para Miracatu-SP, afim de a família ficar mais próxima de uma chácara. Ingresso na 8ª série, conheceu os membros de uma banda iniciante de pop/punk/rock chamada "Loucos Elétricos" e, por convite a participar da mesma como backing vocal, e talvez guitarrista, reativou-se a vontade dos 11 anos, gerando pressa para aprender violão. Autodidata e com algum auxílio dos amigos, conseguiu “tirar” algum som de Beatles e do compositor da banda. Foram poucos os ensaios, faltavam equipamentos e instrumentos adequados. Em abril do mesmo ano, com a ajuda dos colegas, surgiram as duas primeiras canções: “Sorriso Inesquecível”, em dedicatória a uma garota da escola e, “Lembranças dos Anos Incríveis”, em tom nostálgico para com os bons anos 1950, 60 e 70, resgatando alguns ídolos na letra. Desligou-se da banda por pouca experiência e iniciou uma sequência quase que automática de composições, na ideia de que para obter destaque seria necessário material próprio.
No ano seguinte, 1999, ingressou na Banda Municipal Sebastião Hilário Tiago (maestro Flávio leite), desenvolvendo leitura e escrita musical, ficando encarregado de administrar três instrumentos, respectivamente: trombonito, trombone de pisto e trompete. Nesta fase o gosto pela música tornava-se definitivo e ampliaram-se os contatos. A produção de canções continuava e começaram a surgir novas parcerias de ensaio. Ganhou um teclado de sua avó e começou a estudar acordes também.
Em 2000, meio a febre política das eleições municipais, participou de campanha com a composição "Pra Honestidade Reinar", difundida em carro de som com sua voz, tendo como apoio a banda "Taxiguanas", a "Loucos Elétricos" já estruturada. O próximo ano foi bastante atribulado; ingressou no Coral Municipal (maestros Isaac e Jaconias) para desenvolver a voz e, ao mesmo tempo, num cursinho pré-vestibular. Com a Banda Municipal e o último ano do Ensino Médio também correntes, arriscou cantar na banda de um colega de cursinho chamada “Micose”, com repertório de pop/rock, mas não foi possível a continuidade. Nas raras horas vagas, ensaiava com dois amigos de bairro e foi realizada uma série de gravações em fitas cassete, detectando problemas e regravando. Em dezembro, todas essas atividades foram encerradas por conta do retorno a São Paulo, onde iniciaria o curso de arquitetura e urbanismo.
Com a empolgação musical ainda viva, 2002 foi um tempo de releitura das primeiras composições e algumas gravações com maiores preocupações na qualidade final. O retorno à capital, um pouco mais maduro, gerou inspiração para escutar outros artistas e a resgatar artistas que escutava na infância. Em junho, participou de alguns ensaios da banda "Foco 6", mas com pouca sintonia musical entre os componentes, a banda encerrou suas atividades. Os próximos anos, principalmente em decorrência do aumento de atividades da universidade e estágios, seriam focados em novas releituras das composições anteriores e uma moderada quantidade de novas; boa parte surgiria em dedicatória a amigas e namoradas, mas para não cair na rotina do romântico, também buscou outros temas.
Em 2007, com a faculdade finalizada, iniciou no primeiro emprego e a falta de tempo continuou limitando-o às composições e gravações esporádicas.
Voltando ao cenário musical, em 2012 buscou o SESC Vila Mariana afim de ingressar em algum curso de voz, e após o teste foi aceito no Coral (maestrina Gisele Cruz). Entrou no naipe dos baixos, mas por ser barítono, também cantou no naipe dos tenores. O Coral, juntamente com as oficinas oferecidas, proporcionou um refinamento no desenvolvimento musical que até então estava indefinido. No mesmo ano um colega do naipe dos tenores fez um convite para que integrasse o naipe dos baixos do musical Avatar, de Marcos Lopes e Miro Dottori, através da Companhia de Teatro Cia Batta. Aceitou e ali nasceram boas amizades e um pequeno interesse pelo teatro. Com o término das apresentações no Teatro Brigadeiro, continuou vinculado à Cia Batta e até o final de 2017 participaria de vários saraus temáticos nas lojas FNAC, bibliotecas municipais e estações de metrô Paraíso e Itaquera.
Através de Marcos Lopes, também participaria com trechos de quatros canções de autoria própria na antologia de contos Atrás Daquela Porta, lançada em 2013.
Com o calor do teatro, um dos atores de Avatar sugeriu o curso de teatro musical da Oficina dos Menestréis, dos irmãos Oswaldo e Deto Montenegro e Candé Brandão, onde entre 2012 e 2014 fez o curso básico e na sequência participou do espetáculo A Sétima Arte I, no qual além de cantar também dançava e interagia. Seguindo no Coral do SESC Vila Mariana, em meados de 2014 surgiu um projeto de grupo vocal que tornou-se Encantantes e com seis integrantes fizeram uma primeira apresentação no Hospital Municipal Menino Jesus (São Paulo-SP), em novembro do mesmo ano, por convite de um colega do Coral que ali trabalhava. O grupo continuou a ensaiar, passou de seis para dez integrantes e passou a se apresentar em outros lugares.
Em 2015, devido a uma pós graduação na área de arquitetura, deixou o Coral, mas seguiu com o grupo Encantantes. Os ensaios e as apresentações não foram interrompidos.
Em 2016 voltou ao Coral (onde os outros integrantes também cantavam), e o Encantantes sinalizou a necessidade de aprimoramento, tanto na questão técnica quanto na questão de objetivos do grupo. Nesse contexto foram apresentados ao maestro Eduardo Boletti e esta parceria seguiu viva, abrindo novos caminhos. No mesmo ano, a maestrina do Coral, Gisele Cruz, se aposentou e a maior parte do grupo optou pelo desligamento do SESC pois a proposta do novo maestro fugia do padrão ao qual estavam acostumados.
De lá pra cá o grupo Encantantes se fortaleceu, se profissionalizou e deu espaço a outros integrantes de outras origens musicais que contribuíram e contribuem para esse aprimoramento com seu melhor.
Continuou a escrever canções e revisou novamente todas as composições, viabilizando o registro das obras e abrindo novos caminhos, como o oferecimento a outros intérpretes e a gravação de trabalho solo.
Ao final de 2023 investiu definitivamente no trabalho solo, gravando e interpretando suas canções autorais e construindo possibilidades para parcerias musicais de destaque e interpretações de canções de outros autores.